6 de julho de 2007
Michael Glatze
A homossexualidade me veio fácil, pois eu já era fraco.
Minha mãe morreu quando eu tinha 19 anos. Meu pai morreu quando eu
tinha 13. Bem novo, eu já estava confuso sobre quem eu era e como eu me sentia
acerca dos outros.
Minha confusão sobre “desejo” e o fato de que eu percebia que me
sentia “atraído” aos rapazes fez com que eu me colocasse na categoria “gay” com
a idade de 14. Com 20 anos, saí do armário diante de todos ao redor de mim.
Com 22, me tornei editor da primeira revista dirigida ao público
gay jovem. Seu conteúdo fotográfico era quase pornográfico, mas eu imaginava
que eu poderia usá-la como plataforma para coisas maiores e melhores.
Em seguida, nasceu a revista Young Gay America (América Gay
Jovem). Seu objetivo era preencher a lacuna que a outra revista (para a qual eu
havia trabalhado) havia criado — isto é, qualquer coisa não tão pornográfica,
dirigida à população de americanos gays jovens. A revista Young Gay America
decolou.
Os gays reagiram com alegria à revista Young Gay America,
que recebeu prêmios, reconhecimento, respeitabilidade e grandes honras,
inclusive o Prêmio Nacional Papel Modelo da grande organização gay Equality
Forum (Fórum da Igualdade) — que foi dado ao Primeiro Ministro do Canadá Jean
Chrétien um ano depois — e muitas oportunidades para aparecer nos meios de comunicação,
do canal da TV pública até a capa da revista Time.
Produzi, com a assistência da TV pública e do Fórum Igualdade, o
primeiro filme documentário a lidar com a questão do suicídio entre
adolescentes gays, “Jim In Bold”, que viajou o mundo e foi premiado em muitos
festivais.
Young Gay America criou uma exposição de
fotos e estórias de jovens gays da América do Norte, que foi levada em viagem
pela Europa, Canadá e partes dos Estados Unidos.
Young Gay America lançou a Revista YGA em
2004, para fingir ser um complemento puro para as revistas de bancas dirigidas
aos jovens gays. Eu digo “fingir” porque a verdade era, YGA era tão prejudicial
como todas as outras revistas do tipo no mercado, mas era mais “respeitada”,
porque não era explicitamente pornográfica.
Levou quase 16 anos para eu descobrir que o homossexualismo em si
não é exatamente uma “virtude”. Era difícil eu explicar meus sentimentos acerca
da questão, considerando que minha vida estava muito envolvida no
homossexualismo.
O homossexualismo, apresentado às mentes jovens, é por sua própria
natureza pornográfico. Destrói mentes facilmente influenciáveis e confunde sua
sexualidade em desenvolvimento, porém só vim a reconhecer isso quando eu tinha
30 anos.
A Revista YGA esgotou a venda da sua primeira edição em várias
cidades da América do Norte. Havia apoio extremo, de todos os lado, para a
Revista YGA; escolas, grupos de pais, bibliotecas, associações governamentais,
todo o mundo parecia querer a revista. Atingiu em cheio a tendência de “aceitar
e promover” o homossexualismo, e eu era considerado líder. Fui convidado para
dar palestra no prestigioso Fórum JFK Jr. na Faculdade Kennedy de Governo da
Universidade de Harvard em 2005.
Foi depois de ver minhas palavras numa fita de vídeo dessa atuação
que comecei a ter dúvidas sérias quanto ao que eu estava fazendo com minha vida
e influência.
Não conhecendo ninguém de quem eu poderia me aproximar com meus
questionamentos e dúvidas, voltei-me para Deus. Desenvolvi um relacionamento
crescente com Deus, graças a uma crise debilitante de dores intestinais
provocadas pelas condutas em que eu estava envolvido.
Logo, comecei a entender coisas que eu jamais tinha sabido que
poderiam ser reais, tais como o fato de que eu estava liderando um movimento de
pecado e perversão, e minha descoberta não foi baseada em dogmas religiosos.
Cheguei a essa conclusão por mim mesmo.
Ficou claro para mim, enquanto eu pensava sobre isso — e realmente
orava sobre isso — que o homossexualismo nos impede de achar nossa verdadeira personalidade.
Quando estamos na cegueira do homossexualismo, não conseguimos ver a verdade.
Cremos, sob a influência do homossexualismo, que a cobiça sexual
não só é admissível, mas também que é uma virtude. Contudo, não existe nem um
só desejo homossexual que seja desligado dessa cobiça sexual.
A fim de negar esse fato, eu havia lutado para apagar tal verdade
custasse o que custasse. Eu me atirava às tentações da cobiça sexual e outras
condutas usando as muitas desculpas populares que alegam que não somos
responsáveis pelo que fazemos, mas somos vítimas de situações, ou nascemos
assim, etc. Eu tinha plena convicção — graças ao clima social e aos líderes
mundiais — de que eu estava fazendo a coisa certa.
Movido a buscar a verdade, pelo fato de que nada me fazia sentir
bem, busquei dentro de mim mesmo. Jesus Cristo várias vezes nos aconselha a não
confiar em ninguém além dEle. Eu fiz o que Ele disse, sabendo que o Reino de
Deus realmente reside no coração e mente de todo ser humano.
O que eu descobri — o que aprendi — sobre o homossexualismo é
estupendo. Minha “descoberta” inicial dos desejos homossexuais ocorreu no
colégio, quando reparei que eu olhava para os outros rapazes. Minha cura
ocorreu quando ficou decididamente claro que eu deveria — a fim de não arriscar
prejudicar mais pessoas — prestar atenção a mim mesmo.
Toda vez que sentia a tentação de cobiçar outros homens, eu pegava
a tentação e lidava com ela. Eu a chamava pelo seu nome, e então simplesmente a
deixava sumir por si mesma. Existe uma diferença imensa e vital entre admiração
artificial — de nós mesmos ou de outros — e admiração total. Ao nos amar
completamente, não mais precisamos de nada do mundo “de fora” com seus desejos
e cobiças sexuais, reconhecimento dos outros ou satisfação física. Nossos
impulsos se tornam intrínsecos à nossa própria essência, sem os impedimentos
provocados por nossas distrações obsessivas.
O homossexualismo permite que evitemos nos aprofundar em nós
mesmos. Ficamos na superficialidade e atrações inspiradas por cobiças sexuais —
pelo menos, enquanto a lei “aceita” o homossexualismo. Como conseqüência, um
número grande de homossexuais não consegue achar sua personalidade mais real,
sua personalidade em Cristo que é presente de Deus.
O homossexualismo, para mim, começou aos 13 anos e terminou logo
que eu me isolei das influências externas e me concentrei intensamente na
verdade interna — quando eu descobri, com a idade de 30, as profundezas da
personalidade que Deus me deu.
Muitos que se encontram aprisionados ao homossexualismo ou a
outras condutas lascivas vêem Deus como inimigo, pois Ele os faz lembrar quem e
o que eles foram realmente criados para ser. Gente apanhada no ato de seu
pecado preferiria permanecer numa “ignorância feliz” e silenciar a verdade e os
que a falam, por meio de antagonismo, condenação e aplicando-lhes termos como
“racista”, “insensível”, “perverso” e “discriminador”.
Não é fácil se curar das feridas que a homossexualidade provoca —
obviamente, há pouco apoio para quem busca ajuda. O pouco de apoio que existe é
debochado, ridicularizado e silenciado pela retórica ou criminalizado pela
deturpação das leis. A fim de achar apoio, tive de investigar meu próprio
estado de vergonha e as vozes “condenadoras” de todos os que eu havia
conhecido. Parte da agenda homossexual é fazer com que as pessoas achem que nem
vale a pena pensar em conversão — e muito menos pensar que a conversão
funciona.
Em minha experiência, “sair do armário” da influência da
mentalidade homossexual foi a coisa mais libertadora, bela e estupenda que já
experimentei na minha vida inteira.
A cobiça sexual nos tira de nosso corpo, “ligando” nossa mente à
forma física de outra pessoa. É por isso que jamais dá para se satisfazer o
sexo homossexual — e todas as outras relações sexuais com base na cobiça
sexual: É uma rotina de obsessão, não tendo nada de natural e normal. Normal é
normal — e se chama normal por uma boa razão.
Anormal significa “aquilo que nos machuca, machuca o que é
normal”. A homossexualidade nos tira de nosso estado normal, de nosso estado de
união perfeita em todas as coisas, e nos divide, fazendo com que fiquemos
eternamente obcecados por um objeto físico externo que jamais conseguimos
possuir. Os indivíduos homossexuais — como todas as pessoas — anseiam o
verdadeiro amor imaginário, que realmente não existe. O problema com o
homossexualismo é que o verdadeiro amor só chega quando não há nada nos
impedindo de deixá-lo brilhar do nosso interior. Não conseguimos ser nós mesmos
quando nossas mentes estão presas num ciclo de mentalidade grupal de cobiça
sexual sancionada, protegida e celebrada.
Deus me visitou quando eu estava confuso e perdido, sozinho, com
medo e angustiado. Ele me disse — por meio da oração — que eu não tinha
absolutamente nada a temer, e que eu estava “em casa”; tudo o que eu precisava
era fazer uma limpeza geral em minha mente.
Creio que todas as pessoas, intrinsecamente, conhecem a verdade.
Creio que é por isso que o Cristianismo deixa as pessoas tão assustadas — por
fazê-las lembrar de sua consciência, que todos possuímos.
A consciência nos ajuda a fazer uma diferença entre certo e errado
e é uma orientadora por meio da qual podemos crescer e nos tornar seres humanos
mais fortes e livres. Ser curado do pecado e da ignorância é sempre possível,
mas a primeira coisa que alguém deve fazer é sair das mentalidades que dividem
e conquistam nossa essência humana.
Dá para se achar a verdade sexual, contanto que estejamos
dispostos e motivados a aceitar que a sociedade em que vivemos permite condutas
que prejudicam a vida. Não se deve deixar que o sentimento de culpa seja
desculpa para evitar as perguntas difíceis.
O homossexualismo roubou quase 16 anos da minha vida e os
comprometeu com uma mentira ou outra, perpetuada por meio dos meios de
comunicação nacionais dirigidos às crianças. Nos países europeus, o
homossexualismo é considerado tão normal que as crianças do primeiro grau estão
recebendo livros sobre crianças “gays” como leitura obrigatória nas escolas
públicas.
A Polônia, um país que conhece muito bem a experiência da
destruição de seu próprio povo por forças externas, está corajosamente tentando
impedir a União Européia de doutrinar suas crianças com a propaganda
homossexual. Em resposta, a União Européia chamou o primeiro ministro da
Polônia de “repugnante”.
Por muito tempo, eu era repugnante. Eu ainda lido com toda a culpa
que sinto por esse estilo de vida.
Como um dos líderes do movimento homossexual nos Estados Unidos,
tive a oportunidade de me dirigir ao público muitas vezes. Se eu pudesse
desfazer algumas das coisas que eu disse, eu desfaria. Agora sei que a
homossexualidade tem tudo a ver com a cobiça sexual e a pornografia. É um
pacote completo. Por isso, jamais deixarei que alguém tente me convencer do
contrário, não importa que suas estórias sejam doces ou tristes. Tenho
experiência própria. Conheço a verdade.
Deus nos deu a verdade por um motivo. A verdade existe para que
possamos ser nós mesmos. Existe para que possamos ter parte na nossa própria
personalidade individual no mundo, para aperfeiçoar o mundo. Isso não é trama
irreal ou ideal estranho — isso é a Verdade.
A nossa cura dos pecados do mundo não acontecerá num instante. Mas
acontecerá — se não deixarmos que o orgulho a bloqueie. E, caso você não saiba,
no final quem vence é Deus.
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